Muitos são
obrigados a pedir dinheiro às famílias para evitar a escravatura.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações, o deserto do Sara
ultrapassou o Mediterrâneo como principal causa de morte.
Conseguem
chegar a território europeu, no melhor dos casos; ou são capturados,
levados para um centro de detenção e repatriados. Ou acabam mortos por
afogamento nas águas do Mediterrâneo - e a este trágico fim, junta-se
agora a desumanidade de terminar os dias como escravo em território
líbio, vendidos em leilão pelo equivalente a 400 dólares (340 euros).
Um
trabalho da CNN, divulgado ontem, revela que em várias cidades da Líbia
se realizam vendas de migrantes pelos traficantes que eram suposto
trazê-los até à Europa. Provenientes de países da África subsariana, são
forçados a permanecerem em locais fechados, sem água ou alimentação
digna desse nome até serem vendidos. Um destes migrantes, Victory,
natural da Nigéria, disse à CNN ter "gasto todas as economias" na
tentativa de chegar até à Europa e acabou por ser vendido como escravo,
supostamente por não ter pago o suficiente para a parte final da viagem.
Victory, que aguarda num centro de detenção em Tripoli o repatriamento,
ficou livre após a família pagar um resgate. Quando foi comprado valeu
precisamente 400 dólares.
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